sábado, 2 de maio de 2020

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SARAU DIA DO TRABALHADOR
Grupo AMAR É PRECISO do Facebook
em 01/05/20


Lamentos do Velho Vaqueiro

(Em homenagem ao meu pai , o velho Turrinha e meu avô Chico Rico)

Já fui um peão estradeiro
Nos rincões de meu sertão
Era caboclo afamado
Respeitado na função
Hoje, já velho e cansado,
Não tenho mais servidão.

Como o gado que eu tangia
Cujas pegadas no chão
A chuva fina varria
Nas mudanças de estação
Não passo de peso e estorvo
Para a nova geração.

Hoje o que mais me atormenta
Como alma ou assombração
É não ter um filho ou neto
Para dar continuação
A este velho calejado
Que foi um dos reis do sertão.

Do passado eu não reclamo
Dei minha contribuição
Para a ordem e o progresso
E a grandeza da nação
Quando era peão estradeiro
Nos rincões do meu sertão;

Morre o homem e fica a fama
Já diz avelha canção
Oque fiz pelo Brasil
Não haverá de ter sido em vão
No céu, hão de ouvir os anjos
Minha última oração:

“Senhor que é o Dono dos mundos
Queira me estender sua mão
Nos dias que ainda me restam
Alegrai meu coração
Dê-me o céu por recompensa
Pela minha devoção”.

Efepê Efe Oliveira

***

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10 comentários:

  1. Respostas
    1. Gratidão pelo carinho da leitura e comentário. Abreijos!

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  2. Respostas
    1. Obrigado poetamiga irmã.Fico muito feliz pelo seu feedback. Abreijos.

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  3. Amo ler-te. Ler-te é conhecer ainda mais seus sentimentos, sua sensibilidade, as entrelinhas... Simplesmente amo... Belíssimo poema. Parabéns meu querido poeta. Meu abraço, meu afeto. ❤️🌹

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    1. Obrigado! suas palavras aquecem esse velho coração de poeta. Abreijos.

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  4. Maravilhoso poema! Teu pai e teu avô devem estar orgulhosos de ti.

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  5. Lindo , maravilhoso ,Parabéns poeta 👏🏽👏🏽👏🏽👏🏽🌻🌻

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  6. Muito obrigado, Maria. Volte sempre. Abreijos!

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