SARAU DIA DO TRABALHADOR
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em 01/05/20
Lamentos
do Velho Vaqueiro
(Em
homenagem ao meu pai , o velho Turrinha e meu avô Chico Rico)
Já fui um peão estradeiro
Nos rincões de meu sertão
Era caboclo afamado
Respeitado na função
Hoje, já velho e cansado,
Não tenho mais servidão.
Como o gado que eu tangia
Cujas pegadas no chão
A chuva fina varria
Nas mudanças de estação
Não passo de peso e estorvo
Para a nova geração.
Hoje o que mais me atormenta
Como alma ou assombração
É não ter um filho ou neto
Para dar continuação
A este velho calejado
Que foi um dos reis do sertão.
Do passado eu não reclamo
Dei minha contribuição
Para a ordem e o progresso
E a grandeza da nação
Quando era peão estradeiro
Nos rincões do meu sertão;
Morre o homem e fica a fama
Já diz avelha canção
Oque fiz pelo Brasil
Não haverá de ter sido em vão
No céu, hão de ouvir os anjos
Minha última oração:
“Senhor
que é o Dono dos mundos
Queira
me estender sua mão
Nos
dias que ainda me restam
Alegrai
meu coração
Dê-me
o céu por recompensa
Pela minha devoção”.
Efepê Efe Oliveira
Efepê Efe Oliveira
***
Destaques recebidos:
Perfeito parabéns poeta
ResponderExcluirGratidão pelo carinho da leitura e comentário. Abreijos!
ExcluirShow! Magnífico!
ResponderExcluirObrigado poetamiga irmã.Fico muito feliz pelo seu feedback. Abreijos.
ExcluirAmo ler-te. Ler-te é conhecer ainda mais seus sentimentos, sua sensibilidade, as entrelinhas... Simplesmente amo... Belíssimo poema. Parabéns meu querido poeta. Meu abraço, meu afeto. ❤️🌹
ResponderExcluirObrigado! suas palavras aquecem esse velho coração de poeta. Abreijos.
ExcluirMaravilhoso poema! Teu pai e teu avô devem estar orgulhosos de ti.
ResponderExcluirAssim eu espero. Gratidão! Abreijos.
ExcluirLindo , maravilhoso ,Parabéns poeta 👏🏽👏🏽👏🏽👏🏽🌻🌻
ResponderExcluirMuito obrigado, Maria. Volte sempre. Abreijos!
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